sábado, 22 de maio de 2010

Matérias sobre a dívida da Kroton enviadas por aluna de Engenharia de Produção de Betim

Recebemos um e-mail de uma aluna de Engenharia de Produção, da FAP Betim, com algumas matérias que saíram na mídia sobre a dívida que a Kroton assumiu e a redução de custos para comprar o Grupo Iuni.
Essas informações foram enviadas aos diretores da unidade, à coordenadora do curso, alguns professores e alunos. Segue protesto da estudante:

Eu gostaria de mais transparência nas coisas que estão acontecendo!

As desculpas são de que será melhor para os alunos, mas não é isso que tem saído na mídia!
Não era muito mais profissional dizer de fato a verdade, para que a gente pudesse propor outras medidas?!?!
Se vai ser tão melhor assim, porque fazer tudo com o mínimo de informações possíveis, inclusive informações distorcidas. Leiam as reportagens no fim do email. Quantas outras como essas teremos que ler?
Olha, acho que a falta de informações tem nos atingido principalmente porque estamos vendo tudo o que está acontecendo do lado de fora da situação. Era muito mais profissional soltar um informativo com tudo.
Como implantar um novo modelo acadêmico se nem ao menos este está pronto?!?
Todas nossas dúvidas já deveriam estar respondidas antes da apresentação do projeto, antes mesmo que o primeiro informativo fosse solto.
Como podem esperar que acreditemos neste novo modelo se não estão sendo transparentes? As informações das unidades são divergentes!!! As informações entre os próprios cursos são diferentes!!! Ate mesmo as informações passadas pelo pessoal da faculdade é diferente da que tivemos em palestra! Afinal, em quem ou no que acreditar?
Queremos argumentos melhores e maiores que "será melhor para o aluno".
E não me venha comparar o sistema que estão implantando com o que é utilizado nos Estados Unidos, na Europa, na China ou em qualquer outro país, porque esqueceram de um pequeno detalhe: a formação básica destes países é milhares de vezes melhor e mais completa que a do Brasil.
Como a engenheira de produção que estou me formando, quero dados, gráficos, comparativos, pesquisas. Quem foi consultado sobre esse novo modelo? Quem paga para manter a insituição não deveria ter sido consultado, uma vez que é de interesse de todos os stakeholders que continuem investindo? Como bons gerentes que sei que são, sabem melhor que eu que não estão fazendo da forma correta. Não estão sendo éticos. E não me refiro a um grupo em específico, me refiro ao grupo Kroton como um todo, o conjunto, ou as manifestações teriam sido concentradas somente em Betim, o que não é o caso.
Falam em mudança gradativa e evolutiva, mas o que estão fazendo é uma verdadeira ditadura, uma mudança radical. Não era gradativa???? Se de fato fosse, começariam engatinhando, dando os primeiros passos com o pessoal que irá prestar vestibular e quando o projeto estivesse elaborado verdadeiramente, passariam a mudança para os demais alunos.
Na palestra do dia 17 de maio, segunda feira, o Prof. Aécio informou que tentou implantar o sistema de termos na federal, mas que não deu certo. Um dos alunos então questionou se ele havia implantado um sistema falido na rede Pitágoras e a resposta foi que infelizmente sim. Como querem que acreditem que vai dar certo????
É o nosso futuro profissional que está em jogo e estamos perdidos em milhares de informações, verdadeiras, falsas e algumas duvidosas. Mas o pior é que não temos como confiar em um sistema que já começou errado, sem comunicação, inclusive interna, sem respostas, com um monte de dúvidas que são jogadas para o alto ou que serão respondidas mais tarde. Mais tarde quando??? E nossa imagem no mercado de trabalho?? Alguns amigos influentes no mercado me pergutaram se continuarei nesta instituição, mesmo depois dessa verdadeira desordem. Respondi que ainda acredito no Pitágoras, que serão sensatos. Não escolhi uma faculdade pela fachada ou pelo valor. Escolhi porque confio no grupo Pitágoras, na tradição de ensino, porque acredito. Confesso que está ficando dificil continuar confiando.
Para mim, faltou o dedo de um bom engenheiro de produção para fazer o planejamento adequado, inclusive de divulgação do projeto. Faltou e está faltando profissionalismo, planejamento e respeito.
Estarei aguardando a nova grade e aguardarei mais transparência daqui para frente também.
Att,
Engenheira de Produção em formação!

LEIA AS MATÉRIAS ABAIXO:


Kroton assume dívida milionária da Unic
Montante devido é de R$ 150 milhões referentes à disputa junto ao INSS, e de quando a universidade tinha pessoa jurídica filantrópica

Midia News

Apesar da venda nada irá mudar na comunidade acadêmica

O interesse da Kroton Educacional pelo Grupo Iuni (ao qual pertence a Universidade de Cuiabá - Unic) fez a companhia assumir dívida de R$ 150 milhões do empreendimento universitário mato-grossense. Uma parte do montante refere-se à disputado junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) quando a então Unic tinha pessoa jurídica filantrópica. Além de se não estar mais obrigado a pagar esse débito, outro benefício direto da família Galindo com a negociação foi a ascensão ao Conselho de Administração e à vice-presidência Executiva, respectivamente, com Altamiro Belo Galindo e Rodrigo Galindo. O novo conselheiro explicou que na prática a aquisição do grupo mineiro não muda nada para a comunidade acadêmica, nem mesmo nos planos de expansão, e identificação institucional. A Kroton adquiriu o grupo mato-grossense na sexta-feira (12) por 191,7 milhões. Além dos R$ 150 milhões de endividamento, foram pagos cerca de R$ 80 milhões em ações. O valor da negociação de 6 meses envolveu cifra total de R$ 422 milhões. O montante real pela aquisição ficará contingenciado (R$ 191 mi), informa Altamiro, pois atividades nesse tipo de integração societária envolvem diligências e auditorias de fechamento contábil e financeiro, cuja a referência é 28 de fevereiro. Eventual diferença será abatida desse valor. Em 145 dias, a contar de 12 de março, o negócio será concretizado documentalmente.

A nova sociedade coloca sob mesmo poder no ensino superior um grupo com atuação nas 5 regiões do Brasil (Centro-Oeste, Norte e Nordeste, no caso do Iuni, e Sudeste e Sul, no Kroton). Ao todo serão cerca de 86 mil alunos de perfil universitário, dos quais 23 mil somente em Mato Grosso. O Grupo Iuni tem 53 cursos em Cuiabá e no Estado chegam a cerca de 70. Em território mato-grossense o grupo terá 10 unidades (além de Cuiabá e Várzea Grande, outros 6 no interior - Rondonópolis (2), Sinop (2), Tangará da Serra e Primavera do Leste).

Administrativamente, a sede da Kroton será toda em São Paulo, uma vez que o grupo mineiro vai transferir sua sede central de Belo Horizonte para a capital paulista, no mesmo prédio do Iuni. "Começamos a conversa com o Grupo Kroton para negociar mesmo", conta Galindo sobre o interesse desde o início. As universidades pertencentes ao Iuni no Acre (Uninorte) e em Rondônia (Uniron) ficaram fora porque a participação acionária do grupo mato-grossense nesses casos é de 50%.


A Gazeta


Rede de faculdades reduz custos para comprar grupo Iuni

Após herdar dívida de R$ 150 milhões de empresa matogrossense, grupo que controla Pitágoras adota ensino híbrido

Raquel Massote - Repórter - 18/05/2010 - 20:39

EUGÊNIO MORAES


Estudantes da Unidade da Rio de Janeiro fizeram manifestação em frente à faculdade

Depois de adquirir o grupo matogrossense Iuni, em março deste ano, a Kroton Educacional desenvolveu para 2010 uma agenda focada no lema “low cost, high performance”. Entre os principais pontos desta agenda estão a redução da carga horária ao mínimo estipulado por lei.

Além disso, a empresa pretende obter ganhos de produtividade com maior número de alunos em sala de aula e empreender um rigoroso controle de despesas e investimentos. A Kroton atua no ensino superior com 24 faculdades próprias, com a marca Pitágoras e incorporou mais 16 faculdades, com a marca Iuni.

A partir da consolidação do investimento, a redução dos custos administrativos deverá atingir um patamar de R$ 20 milhões por ano. Ao ser procurada nesta terça-feira (18), a empresa não quis detalhar o planejamento. No entanto, uma das estratégias que deverão ser adotadas é intercalar aulas presenciais e virtuais, que geram menos gastos. Este novo modelo acadêmico foi denominado ensino híbrido.

A aquisição do Iuni levou aproximadamente seis meses para ser concluída e envolveu um total R$ 422 milhões, sendo que R$ 192 milhões pagos em dinheiro, além de uma participação de 6,31% do capital da Kroton transferidas ao fundador do Iuni, Altamiro Galindo. Além disso, a instituição de ensino mineira assumiu uma dívida de R$ 150 milhões contraída pelo empresa.

Durante a apresentação dos resultados referentes ao primeiro trimestre deste ano, realizada na semana passada, o grupo informou que grande parte das sinergias a serem capturadas pelo grupo, a partir da aquisição, deverá ocorrer a partir de 2011.

Entre estes pontos estão a unificação de uma série de estruturas. Entre os objetivos estão a adoção de um modelo pedagógico único no segundo semestre de 2010.

Para o analista em educação da Planner Corretora, Rafael Burquim, a operação trouxe um impacto sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre, principalmente no que diz respeito às margens. “O valor pago foi considerado alto pelo mercado e trouxe um choque sobre as margens da companhia”, disse o analista. De acordo com ele, os desafios das empresas educacionais que são listadas em bolsa é diminuir custos, sem que isto implique em perda de qualidade no ensino. “Este é um ponto delicado, principalmente no setor de educação”.

O lucro líquido do grupo caiu 20,4% no primeiro trimestre de 2010, sobre o mesmo intervalo do ano passado, para R$ 19,8 milhões. O resultado foi, em grande parte, afetado pelo aumento das despesas operacionais, que subiram 80,7%, na comparação entre os dois intervalos e atingiram R$ 35,6 milhões. No que se refere à Receita Líquida houve um incremento de 37,3%, para R$ 144,4 milhões. A margem Lajida ajustada, ou a relação entre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) ajustado e a receita líquida caiu de 31,8% para 21,1%. “Este ano o grande desafio do grupo é elevar estas margens”.

A Kroton é atualmente controlada pelo fundo americano Advent, que em junho do ano passado adquiriu 50% do capital da Pitágoras Administração e Participação (PAP), holding que detém 55% da empresa. A outra metade da PAP continua nas mãos dos fundadores da empresa, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e os empresários Evandro Neiva e Julio Cabizuca.

Após a aquisição do Iuni, o Kroton praticamente dobrou de tamanho e passou a contar com 86 mil alunos matriculados no ensino superior. O grupo atende ainda 265 mil estudantes do ensino básico que adotam o sistema de ensino (apostilas) Pitágoras, por meio de 720 escolas associadas.

Atualmente o grupo está presente em 28 cidades e 10 estados brasileiros. A incorporação não envolveu a sobreposição de faculdades. A Kroton tem 24 unidades nas regiões Sul e Sudeste e o Iuni conta com 16 faculdades no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

4 comentários:

Unknown disse...

ALUNOS: leiam essas matérias de jornais. Será que, após a leitura, algum aluno ainda terá dúvidas sobre as pe´rfidas inteções empresariais do grupo Kroton???!!! É so ler, pessoal. E olhem que nao foi nenhum professor ou aluno da faculdade que escrevei nao, foi a imprensa!!

VAMOS PARAR ESSA FACULDADE!!

ALUNOS, NAO ENTREM PARA AS SALAS DE AULA!!

José disse...

A cada notícia que leio penso no quanto somos ignorantes e no quanto precisamos sofrer antes de saber tudo isso. Ao escolhermos a faculdade Pitágorasas como responsável pela nossa formação profissioanl jamais esperávamos contribuir para que o capital especulativo internacional pudesse se apropriar e direcionar a educação superior no Brasil. E agora o que fazer? Perder todo o investimento? Acreditar no Pitágoras depois de tanta sonegação de informação? Entar na justiça e esperar anos por uma decisão?
Só resta uma certeza brincaram e continuam brincando com nossos sonhos! O que vamos fazer com nossa indignação?

Unknown disse...

O processo de transição e o modelo tem várias irregularidades,nos de Betim vamos combater estes absurdo de todas formas legais,vams nos unir e trocar as infomações para impedir este descalabro.Se aceitarmos calados farão tudo contra nós,se perecermos lutando já somos vencedores, ademais existem outros mecanismos ,para assegurar a qualidade do nosso curso força alunos da FAP

Significadoss disse...

No que diz a confiança... Passei a não acreditar nessa faculdade desde que começaram essa palhaçada. Há ainda a esperança de que tudo se resolva o mais rápido possível e, pois é a nossa aprendizagem que está em risco e o nosso dinheiro também.

Att, aluna de administração Faculdade Linhares-ES

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