6 comentários:

Leandro (Fantão) disse...

Mais apreensão, impossível.

O manifesto ocorrido na noite de ontem, não teve tanta força, mais a meu ver contribuiu e muito para o nosso objetivo, ou seja, “estamos incomodando”. Nenhum diretor quer ver a porta de sua faculdade tomada por manifestantes, e estudantes barulhentos.

Principalmente depois do incidente do dia 17/05, no qual a polícia agiu com violência e gerou uma imagem negativa da faculdade em mídia nacional. Agora compete a nós não pararmos, e mostrar a eles que somos capazes de incomodar, existem várias formas de protesto, e temos ainda pouco mais um mês pela frente para lutar pela causa. Não vamos desistir!

Mas um fato ocorrido na noite de ontem me chamou a atenção! Enquanto os alunos protestavam do lado de fora da faculdade os professores que estavam organizando uma paralisação prevista para o dia de hoje 28/5 se reuniam na sala dos professores S4 para discutir sobre a paralisação e foram coagidos a princípio por 9 professores que se posicionam contra a manifestação, e de forma irredutível, pronunciaram que não estariam aderindo ao movimento e dariam aula normal no dia de hoje 28/05, isso causou um impasse obrigando os professores a tomarem uma medida democrática para solucionar o problema, e imaginem o resultado... 24 X 22 para os professores que queriam parar, ou seja a maioria aderiu a causa e quis parar, mas mesmo com a derrota, a oposição que protestou fortemente não concordou com a eleição e conseqüentemente conseguiu persuadir a outros com argumentos de que a paralisação iria prejudicar a transmissão do conteúdo. Isso caracteriza mais uma vez o total desrespeito a “democracia”, que o país tem tanto orgulho por obter esse regime. Mais uma vez, os interesses pessoais da minoria prevaleceram sobre o direito dos demais.

Isso é uma vergonha!

Não sei quais os motivos cada um tem para não protestar, mas vamos analisar:



Todos os professores são horistas (R$/hora)
O novo modelo inclui redução de 25 % de horas
Conseqüentemente redução de 25% no salário.


Não entendo o porquê de tantos professores estarem contra o protesto. Será que ninguém paga as contas? Ninguém sustenta família? Estão tão interessados assim em não prejudicar os alunos paralisando as aulas?

E outra hipótese que não mencionei, mas é eminente, E as reduções de quadro? Não vão atingir a estes? Será que eles estão sendo beneficiados de alguma forma com essa redução?

Ficam aqui meus questionamentos.

Aguardo o retorno dos interessados (as) para iniciarmos outra manifestação.

Tenham todos uma bom dia!

28 de maio de 2010 às 11:28

Unknown disse...

Alunos, como professor do Pitagoras, tenho acompanhado com orgulho a movimentação de voces aqui no blog. Penso que, a essa altura dos acontecimentos, somente vocês podem parar as atrocidades que essa faculdade está propondo. Tenho falado pros alunos sobre este blog, pois há alunos que ainda nao conhecem o blog e é necessario que todos voces estejam engajados. Sinceramente, basta ler os comentarios aqui no blog pra qualquer aluno perceber que todos, professores e alunos, estamos sendo lesados!
Enfim, torço muito para que o poder de articulação de voces, alunos, cresça cada vez mais e mostre a esses oportunistas economicos que nós nao somos marionetes em suas maos.
Transcrevo abaixo carta-desabafo de um professor da unidade Raja, já que lá, lamentavelmente, há professores que, em nome de manter um empreguinho fajuto e com efetiva perda de ganhos salariais (quem nao for mandado embora, tera o salario muito reduzido), estão topando qualquer coisa. Dá pra imaginar que tipinho de professor esta se sujeitando a isso? Pois bem, alunos, sao ESSES professores que ficarao. Ao entrar numa sala de aula, para aqueles alunos "corajosos" que ainda insistirem em ficar no Pitagoras, ja que boa parte esta mudando de faculdade, irao se sjujeitar a ter aulas com professores dos quais, sinceramente, duvido muito da índole. Lembrem-se disso ao entrarem numa sla de aula do Pitagoras daqui pra frente.
Bem, leiam agora a declaração de um EDUCADOR do Pitagoras:

Caríssimos;

ontem pude perceber o motivo do nosso país estar como está.
Acordei sentindo vergonha de ser professor, se fosse abordado pela polícia e me perguntassem "você dá aula aqui?", eu preferiria responder: "não, seu policial, eu faço programa". Um grupo de garotas de programa tem mais dignidade do que nossos colegas, que preferem deixar que toda uma categoria seja ridicularizada e desacreditada a tentar fazer alguma coisa para mudar a situação. Muitos dizem que não adianta fazer nada, outros dizem que tem compromisso com os alunos, mas na verdade só estão apenas na luta para defender a migalha que vai restar da carniça. É como as ienas brigarem para defender os leões.

Já que não querem unir a classe, unam-se aos algozes que lhes vão aos poucos executarem como profissionais. Defendam a política do mínimo.
Carga horária - mínima;
qualidade - mínima;
respeito - mínimo;
cursos - no mínimo medíocres;
SALÁRIO - SALÁRIO MÍNIMO.

28 de maio de 2010 às 11:40

Leandro (Fantão) disse...

Ao comentário do intitulado "Prof" acima, peço que não abandone a causa! Não está tudo perdido!
Estes capitalistas miseráveis não irão calar a voz dos que lutam pela justiça!

Deixo-vos uma frase de um dos maiores Líderes revolucionários da história:

"Los poderosos pueden matar una, dos hasta tres rosas, pero ellos nunca van a parar toda la primavera"

28 de maio de 2010 às 19:21

Unknown disse...

Eu ja sai desse "colegio" que passa longe de ser uma faculdade.. E ainda pagarei a metade do valor!basta pesquisar.Pitagoras com preço de PUC kkk tô fora!!! graças a deus.

30 de maio de 2010 às 19:02

Alexandre H. Reis - Filosofia e Visão de Mundo disse...

Caríssimos, meu nome é Alexandre, leciono entre outras disciplinas, Filosofia e Ética, e sei que neste momento temos de respeitar a posição de cada professor, que tem sofrido bastante com o quadro que se instaurou. Aqueles que têm vocação para a educação têm se mostrado demasiado insatisfeitos. Há, naturalmente, o risco iminente de perder o emprego, por isso a maioria dos professores têm preservado seus pensamentos e não têm se manifestados. Muitos de nós dependemos deste emprego.
Em sala de aula, meu compromisso é com a educação, com a construção do conhecimento, com a emancipação da consciência, contra a ignorância e a alienação.
Amo a sala de aula, e sempre darei as minhas aulas com rigor e seriedade. Mas não abrirei mão de me posicionar a favor da paralização, quando entender que esse é um caminho necessário, ao menos para marcar uma posição frente o compromisso com a educação. Este compromisso não deve ser colocado de lado perante os outros, que devem ser secundários, como o interesse comercial na educação.
"Quem é professor nato considera cada coisa em relação aos seus alunos, inclusive a si mesmo"

31 de maio de 2010 às 18:57

Anônimo disse...

Use a forma legal de protesto com melhor resultado. Imagine a faculdade ficar sem receber 90% das mensalidades por 3 meses. Recusem, de forma organizada (em grupo) a pagar as mensalidades até que as reivindicações de vocês sejam atendidas.

Emitam reivindicações através de carta registrada com AR (uma notificação), colete a assinatura de todos os pais e alunos que sejam a favor da reivindicação (contra a faculdade) e anexe à carta reivindicatória. Informe que as mensalidades voltarão a ser pagas, incluindo as atrasadas, depois que a faculdade aceitar as reivindicações.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2611439/notif
icacao-por-carta-registrada-com-ar

A carta registrada com AR é considerada uma notificação e a pessoa que a recebe assina uma ficha de formulário que é devolvida ao remetente (carta coletiva dos alunos assinada por todos) como prova de que a carta foi recebida pelo destinatário (o reitor da faculdade). Nessa ficha/formulário, que volta para o remetente, pode ser descrito o assunto da carta, algo como: "reivindicações e suspensão temporária de pagamento de mensalidades como forma de protesto temporário".

Informe, na notificação, que as mensalidades acumuladas que não foram pagas, em virtude do protesto, não serão pagas com juros e correção monetária. Não gastem as mensalidades, economizem o valor delas em suas respectivas contas bancárias porque vocês precisarão cumprir com o acordo de pagar as mensalidades que ficaram pendentes durante o protesto.

Não sou aluno, eu trabalho com TI, não trabalho na faculdade e não sou advogado. Tenho 38 anos e acredito em uma forma de protesto inteligente, menos trabalhoso e sem conflitos. Costumo dizer que o protesto silencioso é um exercício de inteligência e criatividade porque foge do comum.

A base (coluna de sustentação) de protestos pacíficos são as reuniões. O foco das reuniões é captar ideias sobre a forma de protestar pacificamente. Muitas reuniões terminam em ideias criativas que geram mudanças na forma de protestar original. É a união de ideias que geram pensamentos que as pessoas não teriam isoladamente, isso tem poder o poder de gerar conhecimento. As reuniões podem ser feitas em salas vazias na hora do intervalo por se tratar de um horário que todos estariam na faculdade, ou qualquer outro local que seja mais fácil e prático para todos. Evitem complicações, as ideias mais simples e menos trabalhosa são as melhores.

Protestos pacíficos encontram maior adesão no que se refere ao número de pessoas. Muitas são as pessoas que detestam violência, gritos, confrontos e polícia. Quando essas são as características de um protesto, perde-se o direito civil de protestar, mesmo que seja na opinião alheia. No protesto pacífico vocês podem incluir pesquisas de apoio de pessoas que nenhuma relação tem com a sua causa, pode-se coletar assinatura delas e anexar na carta como opinião pública.

Exemplos de protesto pacífico no mundo: Nelson Mandela, Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Henry David Thoreau (escreveu a desobediência civil), etc.

Como qualquer um não sou o dono da verdade, se quiser conversar estou a disposição ou por email ou pessoalmente, basta convidar para uma conversa: kleyltonramos@hotmail.com

Desejo sucesso à vocês.

6 de junho de 2013 às 11:23